Rachaduras, trincas ou fissuras, você entende a diferença entre eles?
Quando aparecem aqueles sinais nas paredes podem ser indícios de que temos que ficar atentos e analisar o que pode estar acontecendo na estrutura, muitas vezes são apenas superficiais, mas podem em algumas vezes ser sinais de algum erro.
Muitas pessoas desconhecem os riscos e tipos, então pensamos em compartilhar um pouco sobre este assunto. Basicamente, existem três tipos com características distintas:
Fissuras:
Atinge a pintura, massa corrida e azulejo com espessuras de 1 mm e menor gravidade. Geralmente estreitas e alongadas, mas não possuem problemas estruturais.
Trincas:
Um pouco mais perigosas que as fissuras, as trincas têm em média de 1 a 3 mm, sendo mais profunda e acentuada, ocorrendo a ruptura do elemento e separando em duas partes. Podendo chegar a afetar a segurança dos elementos estruturais.
Rachaduras:
Mais complexas, requer uma manutenção mais especializada. Espessura acima de 3mm, ocorrendo ruptura do elemento e separando em duas partes com aberturas grandes, pronunciada, profunda e acentuada, sendo bem simples de notar a sua presença.
Rachaduras em lajes, vigas, pilares e fundações tendem a ser mais graves, pois interferem especificamente na estrutura, aparecendo rachaduras e deformações. Uma dica: eles geralmente aumentam com o tempo, então é importante chamar um profissional para analisar como está a sua estrutura, ok?
Você conhece as causas desses aparecimentos? Citamos alguns:
- Alterações químicas:
Quando cales e sulfato são modificados com a ação da umidade, hidratando e aumentando o volume, podendo dobrar o tamanho da estrutura.
- Acomodação da estrutura:
Sempre que se constrói uma edificação há uma acomodação do solo e dependendo de como foi feita a fundação, uma parte da estrutura pode ceder mais que a outra.
- Dilatação térmica:
Algumas partes ficam expostas ao sol, dilatam ou retraem mais do que outras, podendo assim causar rupturas.
- Retração do material:
É a perda de água nas camadas de revestimento. Por exemplo, a tinta no período de secagem, ocorre à perda da umidade e assim ela retrai, seu tamanho é reduzido.
- Infiltração:
Quando há algum vazamento ou má impermeabilização ocasionando a entrada de água da chuva, no caso do concreto a água penetrará e aos poucos atingirá a armadura de ferro provocando sua corrosão que ocasionará na pressão do concreto e daí o início das rachaduras.
- Vibrações e trepidações:
Excesso de veículos trafegando na rua, elevadores, proximidades com obras e metrô são algumas razões para ocorrer as vibrações contínuas e assim causar as rachaduras e trincas.
- Defeito na formulação do produto e erros na aplicação.
- Sobrecarga de uso calculada inadequadamente;
- Retirada de elementos de escoramento durante a fase construtiva;
Existem outros sinais e explicações, como problemas com o fluxo de água ou lençol freático, problemas de execução, problemas de projeto e muitos outros.
Mas deixamos aqui a dica: se você estiver com problemas e perceber que pode ser um risco, chame um especialista para fazer uma análise. Muitas vezes passam despercebidas, mas no geral, essas rupturas podem ser ou não um sinal grave. 99% dos casos são apenas problemas estéticos e não ocasionam em modificações estruturais, inclusive qualquer obra pode estar exposta a esta ação mesmo sendo tendo uma ótima estrutura.
Curiosidade:
Você sabia que o assunto é tratado em duas normas técnicas ABNT: NBR 9575 e NBR 15575?
Como fazer um reforço para acabar de vez com rachadura na parede? Obrigada.
Existem telas próprias para evitar retalhamentos de retração térmica nas paredes, onde é retirado o reboco antigo e se coloca um novo com a tela reforçando-o. Lojas de materiais de construção mais completas podem lhe indicar o melhor material para o seu caso.